quarta-feira, 11 de maio de 2011

Meninos

Não acho que tive azar com os meninos.
Quando tinha uns 14 anos e comecei a olhar para os garotos de outra forma, pois até essa idade normalmente a gente odeia os garotos "aquelas pestes ridículas", eu comecei a dar a entender que "olha eu não te odeio, tô te ajudando com a tarefa de português, sorri pra você a maior parte do tempo, e fiquei vermelha quando você encostou na minha mão".
E mesmo quando com 15 anos conheci um cara de 21 que me dizia as coisas mais lindas, me prometia um mundo e que no final das contas tinha uma namorada que queria me bater, e eu só disse "Desculpa, mas você devia querer bater nele, era ele que mentia pra você, eu não quero te menosprezar mas eu nem sabia que você existia!". E além de tudo esse foi o meu primeiro beijo. Nem assim eu acho que tive azar.
Teve a excursão da escola pra Belo Horizonte que minhas amigas não foram e eu não tinha com quem sentar no ônibus e que o menino mais lindo da turma, aquele loirinho do olho azul que todas as menininhas suspiravam, me chamou pra sentar com ele, e que no meio da viagem de ida segurou minha mão e disse baixinho "eu gosto de você, mas nunca consegui dizer!" e eu meio que congelei, e ele chegou pertinho e me beijou com tanto carinho, andou de mãos dadas a viagem toda, ria das minhas piores piadas, me fez andar com o grupo de amigos dele, me incluía na conversa e que no final da viagem quando a gente voltou para casa ele me disse: "foi só na viagem, daqui pra frente não tem como, a gente é muito novo pra namorar." e eu respondi "Nem pensei da gente namorar.". E era tudo mentira minha, mas ele não precisava saber. Nem assim.
Lógico que sofri, chorei, gritei, fiquei muda, fiquei machucada, fiquei cautelosa, me valorizei, me desvalorizei, deprimi, encontrei conforto com meus amigos, encontrei outras paixões.
Tiveram namoricos rápidos de alguns meses. Namoro a distância. Namoro virtual, e nem adianta me julgar porque todo mundo já teve, ainda que não admita. Namorei cafajestes de marca maior. Namorei sem gostar. Namorei loucamente apaixonada. Namorei sério e com intenções de casar. Fiquei com alguns belos rapazes, alguns safados, alguns queriam namorar, alguns eu queria namorar.
De tudo isso, ainda assim tenho certeza que não tive azar com os garotos/rapazes/homens. Sobrevivi a eles, aprendi com eles. Cada um com seus defeitos, qualidades, habilidades e idéias. Se lendo isso alguém achar que "nossa, quantos rapazes!" não se engane as vezes um deles continha mais de 1 característica citada acima. Se você que me conhece achar que sabe quem é cada um deles, não se engane.
E como eu digo sempre "de tudo fica um pouco". E ficaram, ainda que só nas lembranças e em pequenos aprendizados.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Minha Amizade

Eu sempre sinto tudo de forma exagerada.
Quando começo uma amizade eu quero estar com aquela pessoa o máximo de tempo que eu posso, quero sair pra ir ao cinema, jantar, sair pra dançar, tomar café, fofocar...
E o amigo que consegue passar tanto tempo assim comigo eu agarro e não quero mais largar.
E então depois de um tempo as vezes eu fico repetitiva, grudenta e chata. Sim, ainda estamos falando de amizade.
Mas isso não é pra todos, dependendo do amigo e de como ele encara a amizade eu sou uma boa amiga, prestativa, sincera e de um humor peculiar.
Tudo depende dos olhos de quem vê.
E se eu pudesse adivinhar no início de uma amizade quem vai me achar chata depois de um tempo, juro que nem começava essa relação.
Porque quando me dou conta que estou sendo considerada chata por alguém que eu amo tanto, eu me sinto a pior pessoa do mundo.
Isso só piora a cada vez que tento retomar o sentimento inicial da amizade, e a cada não-resposta, a cada não-sorriso e a cada silêncio, meu coração se parte em pedacinhos, porque meu sentimento pela pessoa permanece ali intacto, mas a recíproca não mais é verdadeira.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

música

sempre que alguém me pergunta de que tipo de música eu gosto eu nunca sei responder. gosto de tanta coisa:

de um rock quando estou com nervosa que aí eu canto gritando e o nervoso passa.

de um forró pra dançar juntinho.

de música eletrônica quando tenho muitas coisas na cabeça, que aí aqueles sons não me deixam ouvir nem meus próprios pensamentos.

de um samba pra sambar e marcar o compasso do coração.

de música clássica pra acalmar e descansar.

de um funk pra sensualizar.

de mpb pra sentir o orgulho de ser brasileira.