terça-feira, 15 de maio de 2012

Aquela dor que vem não sei de onde, que chega depois do fim daquilo que parecia ser pra sempre.
Não foi pra sempre, e vai ver não era pra ser. Mas a dor tá ali e vez ou outra vai doer mais ou pouquinho, alguém sem querer as vezes vai mexer na ferida, quando você menos esperar e sem ter menor intenção você mesma vai sentir a dor daquela ferida, vai recordar uma frase, estar num lugar com algum significado importante, encontrar uma foto no fundo da gaveta, sonhar um sonho que hoje parece até pesadelo.
No fim de tudo, você se vê numa mesma situação que já viveu antes, e sobreviveu. Tanto que recomeçou e agora você se pega pensando em "será que eu conseguir recomeçar?".
A resposta vem quando você menos imaginar, mas se ela ainda não chegou, se concentre em: Respirar, ficar perto de quem lhe quer bem, em música alta para que você não consiga ouvir seus pensamentos derrotistas, em alguma coisa alcoólica vez ou outra, de preferência aquelas que te tragam alguma amnésia (eu disse vez ou outra), em um filme com muitas explosões, tiros e nenhum romance, em amigos que te fazem chorar de tanto rir, em amores platônicos que duram apenas algumas horas enquanto você está na boate no sábado à noite, em posts que beiram a auto-ajuda num blog abandonado em algum canto da web, em fotos de coisas bobas que ficam muito lindas se você souber ver com olhos atentos, ou usando o filtro certo no instagram, em ouvir o barulho da chuva que bate no vidro da janela.
Se concentre em tudo aquilo que de alguma forma te distraia daquilo que você não quer lembrar, ou que quer até fingir que esqueceu.