segunda-feira, 2 de junho de 2008

Nova Vida, Velho Amor

Hoje ao pegar aquele ônibus com destino a vida nova que eu escolhi, olhei pra trás vi as poltronas azuis, azuis como o céu do dia que conheci você.
Cheguei na minha nova casa, tinha as paredes amarelas, um amarelo esverdeado igual a sua camisa furada na manga.
Meu novo emprego, esse eu podia jurar que não teria nada que fosse me lembrar você, mas tinha sim, no meu emprego tinha um espelho grande em frente a minha mesa e toda vez que eu olhava pra mim, lembrava de você, pois mesmo que eu mude pra mais de mil km de distância dos seus olhos, eu nunca deixarei de ser sua.
Odeio as músicas que tocam nas ruas, ou nos lugares onde vou, tudo me lembra você ou me remete a outras coisas que me fazem lembrar dos seus olhos castanhos, dos seus cachos cor de mel, da sua boca rosada, do seu cheiro de alecrim.
Não estou afim de terminar como aquelas mulheres amarguradas, que só sabem ficar lembrando, chorando e se lamentando. Não tenho gostado de me sentir uma perdedora, não gosto daqui, não quero mais ficar longe.
Me aceita de volta na sua vida?
Sem você na minha, não tem mais graça.

2 comentários:

Paixão, M. disse...

Tava em boa companhia ouvindo um disco do Ivan Lins todinho em torno de uma dor de separação. Fiquei pensando, que coisa doída mais bonita, meu deus.. Porque fora o ônus óbvio que todo mundo conhece de estar triste, algumas pessoas conseguem transformar isso em algo que no fim valha a pena: força, reação, arte. Arte. Olhe isso aí :)

Se bem que eu ando feliz de conseguindo escrever sobre estar bem. Isso é meio novo.

Escrever sobre tristeza é bom porque a gente divide e à medida que as pessoas lêem a tristeza se parte em pedacinhos, cada vez mais pequenos, e no fim o texto não é mais sobre ninguém específico. É sobre todo mundo.

A mesma coisa com alegria. Que é bom demais de espalhar.

Enfim, que monte de coisas. Penso embolado quando estou com sono.

1:46.

e mais um beijo :)

Larissa Dardengo disse...

Quanta coisa nova por aqui..
Parece que fiquei meses sem aparecer!

Lindo esse texto.
Saudade é uma coisa que dói sem piedade, e não tem nada no mundo que nos faça esquecer dela.

Lindo lindo!
bjs